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Review: HellBlade


Um dos aspectos mais abordados pelo o estúdio da Ninja Theory durante o inicio do desenvolvimento de HellBlade foi à questão da narrativa que iria abordar a parte psicológica da personagem com surtos psicóticos, que a mesma seria atormentada por vozes durante sua jornada. Afinal o que é a Psicose? Psicose é o nome dado a um estado mental patológico caracterizado pela perda de contato do indivíduo com a realidade, que passa a apresentar comportamento antissocial. Por mais bizarro que pareça é uma realidade que assombram milhares de pessoas no mundo. Pensando nisso estúdio decidiu abordar esse tema tão delicado e usar como base para a jornada de sua personagem, pessoas que já sofreram deste problema e grandes especialistas tiveram uma grande participação no desenvolvimento do jogo relatando suas experiências e

conhecendo mais sobre a psicose.

UMA JORNADA PELA ESCURIDÃO

A narrativa que envolve o mundo de HellBlade tem como palco a mitologia nórdica mais precisamente na era dos Vikings. Senua após perder seu amado se vê com a missão de libertar sua alma que está aprisionada em HelHeim( mundo dos mortos que tem como deusa a Hel ou Hela). Então ela parte numa jornada de amor e muitos surtos paranoicos em busca da alma de seu grande amor. O enredo de HellBlade é riquíssimo, envolvente e nos deixa com muitas dúvidas, que por sinal é ótimo, a maneira que a personagem conduz a história é muito forte e como ela lida com seus surtos é impressionante transmitindo de fato todo o sentimento que ela carrega dentro de si. Muito da mitologia nórdica é apresentado por meio de lorestones espalhadas pelo cenário que narram vários acontecimentos, além de diálogos que narram acontecimentos contados pelas vozes que Senua escuta.

A dublagem está muito bem feita seja a da própria personagem como as das vozes que ela escuta, o recomendado é o uso de Headsets porque o jogo foi desenvolvido para ser jogado com o headset, pois a s vozes que a protagonista escuta vem de todas as direções diferentes e o headset consegue emitir essas vozes conforme elas vão saindo.

UM GAMEPLAY ROTEIRIZADO

O gameplay é o fator mais prejudicado, pois jogo traz uma experiência focada mais na narrativa com isso ele acaba se tornando muito linear, e parado,uma segunda jogatina torna-se impossível. Senua só anda e caminha lentamente, a interação com o cenário é escassa os combates eventualmente acontecem e de maneira bem roteirizada. Quanto aos combates é o momento onde sentimos aventura de toda essa jornada, os confrontos contra os inimigos são bem difíceis, sem nenhum tipo de tutorial você é forçado a descobri os comandos na hora.

Não há variedades de inimigos durante todo o jogo, são os mesmos inimigos sempre o que se diferencia é as armas que eles têm a cada novo confronto. A movimentação nos combates está bem realista lembrando muito os combates de For Honor, toda a suavidade e plástica nos movimentos transmitem uma realidade incrível.

Os gráficos estão incríveis, os detalhes da personagem quando anda, os movimentos das roupas, as expressões faciais da personagem são impressionantes quando Senua se espanta ou em momentos de dor são fieis e conseguem transmitir todo sentimento que a personagem estar passando. A ambientação está espetacular, porém limitada por conta da linearidade do jogo. Os cenários são muito bonitos e detalhados, porém não há a nada a se explorar só foram feitos para resolverem puzzles e para interagir com as loresotones.

O VEREDITO

De modo geral, HellBlade é um ótimo jogo possui uma narrativa bastante imersiva, bons gráficos, porém falha em ter um gameplay linear resumindo-se apenas em caminhar, resolver puzzles e em eventuais combates. Por abordar mais da narrativa em vez de trazer uma grande experiência no gameplay, HellBlade não é um jogo para todas as pessoas como GTA é, ele é um jogo para aquele jogador que prefere uma ótima história a um gameplay divertido, mas isso não tira seu brilho. Com certeza HellBlade terá sua marca no mundo dos games.


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