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Prey: Jogar ou Não Jogar?


Vivendo uma mentira

Imagine você acordar de manhã e tudo ao seu redor está simplesmente estranho, coisas bizarras acontecendo e você sem saber. No mínimo Insano, não é? É assim que Prey se apresenta: rodeado de mistério. Assumimos o papel de Morgan, cujo passado é desconhecido, ele estava sendo empregado pelas indústrias TranStar no teste experimental de Neuromods, então mais um dia chega Morgan, levanta-se, segue sua rotina ao acordar como um dia normal, aparentemente, e vai ao trabalho. Durante os testes algo dá errado, a equipe responsável pelos testes é atacada por criaturas em forma de gosmas e que há a habilidade de se multiplicarem. Depois disso Morgan desmaia, sob efeito de um gás, e acorda no mesmo local que outrora, só que nada está como estava antes, tudo que ele fez anteriormente não passava de uma simulação, por sinal muito “bem feita", toda a estação na qual ele se encontra está dominada por aquelas criaturas.

Sim, Prey possui um ótimo enredo, que foi bem desenvolvido conforme você avança no jogo, além dos inúmeros arquivos de áudios e textos espalhados pelos cenários que nos ajudam bastante a entendermos tudo o que está acontecendo. Todo o mistério que envolve a trama, com coisas estranhas acontecendo, você não saber o que o te espera, é bastante inspirada em Alien, e consegue sem dúvida nos envolver e nos fazer buscar por respostas. Um dos pontos negativos a se considerar, é a construção dos personagens (no caso você pode escolher o personagem masculino ou feminino, ambos não possuem nenhuma diferença a não ser pelo gênero), eles não expressam qualquer sentimento, em nenhum ponto do jogo presenciamos um diálogo nos combates, ou mesmo um comentário engraçado ou dúvidas e/ou questionamentos a respeito do que está acontecendo. A dublagem é boa, no entanto, alguns personagens possuem uma diferença do tom da fala, ele começa a falar com a voz bem grossa e na mesma frase a voz é modificada, passando a assumir um outro timbre.

BRINCANDO COM PODERES

Um dos grandes destaques de Prey é a quantidade de poderes que o personagem pode adquirir durante o jogo, desde habilidades que possibilitam fabricar armamentos a habilidades como hacker. Nosso personagem possui 3 árvores de habilidades para serem evoluídas conforme você vai adquirindo neuromods. Temos as habilidades de Cientista (voltadas para o conhecimento de ciência, medicina e equipamentos especializados para sua vantagem), Engenheiro (voltadas para a força bruta, fabricação e reparo de armas), e por último as habilidades de Segurança (voltadas para suas habilidades físicas, habilidade com armas de fogo e táticas de segurança). Com todos esses poderes ao nosso dispor, algo que soma bem para o gameplay é a liberdade que temos para avançar na história, podemos agir de forma furtiva, ou não, usar caminhos alternativos para chegar a um mesmo objetivo, além de usar o cenário e nossos equipamentos ao nosso favor, desde criar plataformas para alcançarmos lugares não acessíveis a abrir portas bloqueadas com uma besta que lança dardos de plástico.

Prey não é um jogo fácil, pelo simples fato da escassez de munição pelo cenário e pelos os inimigos tirarem bastante do seu HP. É nos combates que as coisas ficam tensas. Com uma ótima trilha sonora trazendo aquele clima de suspense, inimigos bem intimidadores e com controles que não ajudam muito torna tudo meio desesperador, os controles respondem bem, porém são bem complicados durante os combates principalmente na hora de trocar de armas e no uso de itens de cura.

Sem evolução gráfica, mas uma ambientação bem detalhada

Arkane studios, responsável pelos dois jogos da série Dishonored, sempre optou por um gráfico mais cartoonizado, e com Prey não foi diferente. Os gráficos de Prey são bons, porém não impressionam, sem contar com um downgrade que teve com o que foi apresentado na E3. Se comprarmos com os de Dishonored 2, os Dishonored 2 são bem superiores, pelo fato de Prey se passar somente dentro de uma estação espacial, e isso fez com que houvesse uma limitação gráfica em certos cenários, objetos até mesmo nos personagens. Se os gráficos não estão evoluídos, por outro lado a ambientação é bem detalhada, mesmo que seja só em um laboratório espacial, cada local tem sua particularidade. Toda a estação espacial é dividida em setores de pesquisa, análises, de experimentação, setores gerencias, salas de reuniões e, por incrível que pareça, com toda essa quantidade de locais a se explorar, todos eles foram criados de forma bem detalhada, cada objeto em seu devido local, da maneira certa e na forma certa.

O veredito

Prey possui um enredo bem misterioso e cheio de suspense, lembrando bastante a série Alien. Apesar de ter um bom enredo, falha na construção de seus personagens que não expressam nenhum sentimento. Seu gameplay possui características vistas em títulos anteriores como em Dishonored, o mesmo serve para os gráficos, porém possui uma ambientação bem feita, com bastante perfeição nos locais da estação espacial. Em suma, Prey é um ótimo jogo, porém não trouxe nada de novo, apenas utilizou mecânicas já vistas em títulos anteriores, implementados em um universo diferente


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