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Horizon Zero Dawn: Jogar ou Não jogar?


Desde a sua primeira aparição durante a E3 Horizon Zero Dawn nos encheu de expectativas sobre o que ele tinha a nos oferecer, um mundo pós-apocalíptico em um mundo aberto, máquinas colossais, o HYPE era inevitável. Meses se passaram , noticiais chegavam, gameplays eram mostrados e o desejo de jogá-lo aumentava mais e mais. Enfim chegou o dia de seu lançamentos, então chegou a hora de vermos se toda essa expectativa valeu a pena.

A próxima era da humanidade

Horizon Zero Dawn se passa em um mundo pós apocalíptico mil anos no futuro em uma terra dominada pela a natureza e pelas as máquinas e o que restou da vida animal, a humanidade ficou extinta e os remanescentes agora vivem em tribos, regredindo a era primitiva, sobrevivendo da caça de animais e dos recursos obtidos das máquinas. Mais uma vez o homem é o responsável pela a destruição da terra, dessa vez criando máquinas que prometeram construir tudo que pedissem, mas não foi o que aconteceu, o rei das máquinas chamado de " O Diabo Metálico" tomou o controle de todas as máquinas às deixando mais agressivas e descontroladas. O restante da humanidade se regrediu a era primitiva, divida em várias tribos espalhadas por esse novo mundo.

O enredo é o ponto forte do jogo, um mundo pós apocalíptico dominado por máquinas lembrando bastante Eslaved, além dessa influência de Eslaved, há uma homenagem de certa forma aos fãs de Game of Thrones, Aloy foi inspirada em Ygritte, quem acompanha a série sabe de quem estou falando. O enredo é rodeado de mistério,do seu início até seu desfecho , com alguns momentos de ação e outros bem emocionantes. Um dos temas mais utilizados é a religião, as tribos Nora( tribos que crêem num deus sobre todos eles o chama de " A Mãe se todos" segundo eles ela foi a responsável por destruir o Diabo Metálico e trazer a paz a terra, em contrapartida há tribos que foram influenciadas pelo Diabo Metálico que crêem que as máquinas estão acima de tudo, em todo jogo presenciamos esses conflitos religioso das tribos.

Nós controlamos Aloy ou a Exilada que em seu nascimento foi exilada de sua tribo por motivos desconhecidos, desde sua infância ela sofre desprezo por membros da tribo, com todos esses momentos difíceis Aloy não se deixa abater e nem se influências pelas as questões religiosas das tribo, contudo ela decide mostrar o seu valor e descobrir sobre o seu passado e a verdade sobre o que aconteceu com a Terra. Mas o porquê de Aloy é tratada com desprezo? Porque Rost foi exilado? O que ele fez? Quem são os pais de Aloy? São tantos porquês! Mas isso é proposital, justamente para gerar curiosidade e prender o jogador na trama do jogo.

Aloy é carismática com todo aquele seu jeito inocente e meigo , mas o que ela tem de inocente ela tem de determinada e valente, não demora muito tempo para nos cativar-mos com a personagem na busca de resposta sobre o seu passado. A coragem de Aloy nos surpreende a cada criatura que ela enfrenta, mostrando que o sexo frágil a cada dia está tomando espaço no mundo dos games.

É mesmo um RPG?

Horizon Zero Dawn foi descrito como um jogo de RPG de ação de mundo aberto pelos seus desenvolvedores, mas não é bem assim. Horizon Zero Dawn não é um RPG em si, na verdade ele possui vários elementos de RPG, há vários pontos que mostram isso. A história é o ponto mais forte do jogo porém nossas escolhas não influenciam em nada na trama, nossas escolhas só irão influenciar na vida de alguns personagens em determinados diálogos e também no nosso relacionamento com as tribos. O sistema de diálogos é parecidíssimo com o de Mass Effect, há 3 opções de diálogo em momentos críticos do jogo, nós podemos Confrontar, usar Percepção e ter Compaixão. Essas escolhas irão demonstrar a personalidade da personagem durante sua jornada. A grande parte dos diálogos servem mais para expansão da trama, os diálogos opcionais aparecem em determinados momentos e não com tanta frequência.

O Jogo possui missão principal, missão secundárias que por sinal são bem construídas cada side quest tem uma razão, tem um motivo, algo que presenciamos muito em The witcher 3 e completá-las nos faz ganhar confiança e respeito das demais tribos. Temos também ruínas espalhadas pelo mapa, que são instalações submersas onde você pode explorar para conhecer mais do que aconteceu no passado através de arquivos de áudio e de texto, que por sinal nos ajudam bastante na procura de respostas, além de coletar itens. Há também tarefas onde você deve invadir acampamentos de bandidos.

O personagem possui uma árvore de Skills que se divide em 3 habilidades: Gatuna, Valente e Saqueadora na qual você às desbloqueia quando obtém pontos de habilidades," isso não é mais segredo pra ninguém". O sistema de criação e de coleta lembra bastante o de Far Cry Primal bem como o mapa que apresenta toda as criaturas que habitam em determinadas áreas do mapa. Mas é nos combates com as criaturas robóticas que o jogo brilha, as batalhas com as diversas criaturas são impressionantes os movimentos das criaturas são bem fluidos, a mecânica de combate nos impulsiona a escolher a melhor tática para enfrentar as criaturas. A cada encontro uma experiência inesquecível.

Um mundo pós -apocalíptico que encanta

Os gráficos de Horizon são belos, uns dos mais bonitos dessa atual geração de consoles. As expressões faciais durante as animações e nos diálogos é impressionante o nível de detalhes que cada personagem demonstra, e também os detalhes quando uma máquina é eliminada o nível de detalhe na explosão é absurdo. Algo que se destaca muito nesses gráficos é a movimentação dos cabelos de Aloy é, a quantidade de fios que seu cabelo possui e quão fluídos são os movimentos de seus cabelos, ao correr, ao saltar, algo visto apenas em Rise of the Tomb Raider com os cabelos se Lara. Os detalhes nas texturas das roupas dos personagens, a iluminação nas cavernas, o reflexo do sol durante o dia e da lua durante a noite são estonteantes.

A ambientação possui uma riquezas e detalhes impressionante , sejam as florestas, rios, locais com neve , locais rochosos , "por um momento paramos e só contemplados o quão belo é o local onde estamos". O mundo de Horizon se enquadra dentro do tipo de mundo aberto que sempre esperamos, um mundo cheio de vida, animais, NPC's interagindo com o ambiente. E com Horizon não foi diferente tanto a vida animal quantos npc's estão a todo instante interagindo com o mundo.

E quem disse que as criaturas robóticas não interagem com o mundo? As criaturas estão sempre interagindo com o ambiente de diversas formas, cada criatura se comporta de maneira diferente. Há vários tipos de criaturas no universo de Horizon desde dinossauros á aves, o nível de detalhes e capricho na criação das criaturas é espetacular, a fidelidade que eles puseram nos movimentos e na aparência das criaturas robóticas é impressionante, a cada nova criatura achada no mundo nos impressionamos com realismo que aquela máquina possui. Umas das criaturas mais interessante e insana são os pescoções, são criaturas idênticas as girafas que sincroniza toda a área onde você está, como as torres em Far Cry. Todas as criaturas estão disponíveis no diário onde você encontra todas elas com suas descrições e seus pontos fracos e itens que as mesmas dropam ao serem derrotadas. A trilha Sonora é magnífica seguindo batidas tribais encaixando perfeitamente com o universo que o jogo traz.

O veredito

Horizon Zero Dawn possui um ótimo enredo , envolvente, cheio de mistérios e bem construído que nos prende do início até seu desfecho, possui belos gráficos com cenários encantadores e uma trilha sonora espetacular. Mesmo possuindo influências de outros jogos isso é não capaz de tirar a sua essência. Um ponto negativo é o fato dele não conseguir trazer um experiência RPG, tanto no enredo como em seu gameplay, outro ponto é a câmera do jogo, nos combates contras as máquinas não temos a opção de travar a mira nas criaturas, quando tentamos desviar a câmera " buga" e isso é bem constrangedor, porém essas falhas não foi suficiente para tirar a incrível experiência que Horizon nos proporciona.

Horizon Zero Dawn é mais uma obra-prima concedida aos donos de Playstation 4 e que já garantiu passaporte para os melhores exclusivos da Sony." E que venha uma sequência!".


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